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Segundo dados do Boletim da Casa Rural, em apenas três semanas de outubro, os agricultores sul-mato-grossenses já plantaram soja em uma área equivalente a 1,44 milhões, ou seja, 30% do total previsto para essa safra em 2024/25 e 10 pontos percentuais maior que o mesmo período da safra anterior e das últimas cinco.
Esse aumento significativo foi ocasionado pela alta das chuvas nos últimos dias no estado, com destaque para o acumulado em Paranaíba, com 68 mm, e São Gabriel do Oeste, com 67,8 mm. Com isso, 94,7% das lavouras estão boas para o plantio, enquanto 5,1% estão regulares e as outras 0,2% estão ruins.
Dividindo em regiões, a parte sul do estado é aquela com o plantio mais avançado, com média de 39,7%. Em contrapartida, também é a região com a maior média de lavouras ruins ou regulares, com 20%. A região Centro e a região Norte estão na sequência entre aquelas com plantio adiantado, com 20,7% e 17,2%, respectivamente.
A estimativa dos órgãos agrícolas é que esta safra de soja seja 6,8% maior que a última (2023/24), 4,5 milhões de hectares contra 4,2 milhões na anterior. Ainda, a expectativa é que a produção chegue próximo dos 14 milhões de toneladas (13,2% maior que a última), cerca de 51,7 sacas de soja por hectare, com cada uma custando, aproximadamente, R$ 137, do qual já foi comercializado 26,5% desta safra.
Segundo os técnicos do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS), há a esperança que a maior parte da soja seja plantada nos próximos dias, entre a última semana de outubro e a primeira de novembro, do qual, historicamente, 70% da semeadura é realizada.
O Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) aponta que entre os dias 29 de outubro e 6 de novembro, há chance de chuva e o acumulado deve variar entre 20 mm e 60 mm, parecido com a previsão de precipitação entre os dias 21 e 28 de outubro.
A safra de soja 2024/2025 promete ser uma safra positiva, se comparada à safra de 2023/2024. A demanda internacional deve permanecer em expansão e dependendo da oferta de grãos disponibilizada ao mercado internacional pelos principais países produtores, podendo impactar positivamente o preço da saca de soja.
“Nas últimas safras, o preço médio ponderado da saca de soja apresentou uma tendência negativa, ando de R$ 168,34, em 2021/2022, para R$ 138,82, na safra 2022/2023, e R$117,14, na safra 2023/2024. A tendência agora é de que, na safra 2024/2025, os preços fiquem entre R$ 120 e R$ 130, caso as condições atuais do mercado internacional se mantenham, iniciando uma tendência de valorização do preço”, explica o analista de Economia da Aprosoja-MS, Mateus Fernandes.
Em relação ao custo de produção, houve uma redução de 3%, conforme a estimativa da associação. O custo total para o ciclo 2024/2025 foi estimado em R$ 5.987,24, o equivalente a 49,89 sacas por hectare, abaixo do valor estimado na safra anterior, de R$ 6.170,61.
