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Autoral, inventiva, polêmica, extremamente talentosa e única em sua expressão artística, a violeira Helena Meirelles (1924-2005), que nasceu em Bataguassu, em 13 de agosto de 1924, completa 100 anos de nascimento na terça-feira. Já idolatrada há décadas em prosa e verso por músicos locais (Jerry Espíndola) e internacionais (Eric Clapton), Dona Helena volta à vitrine da mídia, dos eventos culturais e das homenagens do poder público por força do centenário de uma trajetória tão inusitada quanto surpreendente.
A efeméride serve de motor para lançamentos de novas canções, como “Flor Pantaneira”, single que o violonista Raphael Vital disponibiliza amanhã em todas as plataformas de música, exposições de artistas, sessões de cinema, festival e até tributos da classe política, como uma sessão solene programada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).
No 18º Festivali – Festival de Cinema do Vale do Ivinhema, que começa neste sábado e segue até o dia 16, três ações marcam os 100 anos de Helena Meirelles: uma exposição de fotos, uma mesa de discussão comandada pelo pesquisador Rodrigo Teixeira e, no dia do aniversário de nascimento da violeira (13), às 19h30min, a exibição do sensível longa-metragem “Dona Helena” (2004), de Dainara Toffoli.
A programação inclui ainda uma exposição historiográfica no Museu da Imagem e do Som (MIS), apresentações musicais e um projeto de artes visuais contemplado pelo Fundo de Investimentos Culturais do governo do Estado (FIC-MS), além do 3º Festival da Canção das Escolas Estaduais – Prêmio Helena Meirelles 100 Anos. Coordenadora da Concha Acústica Helena Meirelles, Wanda Brito convida a todos para participar das comemorações.
“Teremos uma extensa programação. Começamos com uma sessão solene na Assembleia Legislativa e uma exposição no MIS com fotos e notícias sobre Helena Meirelles. Na quinta-feira, lançaremos o projeto de Kelton Medeiros, transformando a Concha Acústica. Também teremos shows do quinteto do maestro Martinelli e da violeira Elizabeth Gonçalves. Na sexta-feira, o 3º Festival da Canção das Escolas Estaduais conclui a semana de festa. Espero que todos compareçam e apreciem”, convoca a gestora.
Wanda também ressalta a importância de divulgar a história de Helena Meirelles, especialmente para as novas gerações.
“As pessoas precisam conhecer mais sobre Helena Meirelles, especialmente os jovens. Muitos não sabem quem ela foi, descobrindo apenas após seu prêmio na revista norte-americana Guitar Player. Queremos mostrar um pouco dessa história e valorizar seu legado”, afirma.
“O centenário de Helena Meirelles é uma oportunidade única para celebrar a rica herança musical de MS. Ao homenagearmos sua trajetória, inspiramos novos talentos e mantemos viva a tradição da viola caipira”, diz Eduardo Mendes, diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).
“Comemorar esse centenário é uma maneira de honrar nossa cultura e história. A violeira é um símbolo da riqueza cultural de MS e, ao celebrarmos sua vida e obra, reforçamos a identidade do nosso estado”, diz Marcelo Miranda, secretário estadual de Turismo, Esporte e Cultura.
Nascida em Bataguassu, na época, distrito de Nova Andradina, Helena Pereira Meirelles cresceu rodeada de peões, comitivas e violeiros. Fascinada pelas violas caipiras, aprendeu a tocar às escondidas, pois sua família não permitia. Aos poucos, ficou conhecida entre os boiadeiros da região.
Casou-se aos 17 anos por imposição dos pais, abandonando o marido pouco tempo depois para se juntar a um paraguaio que tocava violão e violino. Após outra separação, decidiu tocar viola em bares e farras, deixando os filhos com pais adotivos, até encontrar seu terceiro marido, com quem viveu por mais de 35 anos.
Depois de desaparecer por mais de 30 anos, foi encontrada doente por uma irmã, que a levou para São Paulo, onde foi “descoberta pela mídia” por meio de uma matéria elogiosa na revista norte-americana Guitar Player. Apresentou-se em um teatro pela primeira vez aos 67 anos e gravou discos em seguida.
Em 1993, foi escolhida pela Guitar Player como uma das 100 Mais, com voto de Eric Clapton, por sua atuação nas violas de 6, 8, 10 e 12 cordas. De 1994 a 2002, lançou quatro álbuns. Sua música é reconhecida em Mato Grosso do Sul como uma expressão das raízes e da cultura regional.
Dona Helena faleceu aos 81 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória decorrente de pneumonia crônica.