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Um levantamento realizado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) em horários de travessias litorâneas nos últimos seis meses mostra que os investimentos feitos por meio do Departamento Hidroviário estão conseguindo manter a regularidade e o alto padrão de segurança junto com o processo de modernização em curso. O recorte especial para a travessia São Sebastião – Ilhabela (a única com volume de tráfego alto, em mar aberto e sem alternativa de o por terra) abrange o período entre novembro de 2023 e abril de 2024 e nele estão computadas 34.963 viagens entre as duas cidades.
O resultado, em termos de regularidade, mostra uma ampla prevalência dos tempos regulares, ou 70% dos ageiros embarcados com 30 minutos de espera em ambos os lados. Quando o tempo de espera é ampliado, o volume atendido aumenta: ageiros embarcados em até 60 minutos representaram 87% do total. Um dado expressivo quando se considera o intervalo de 60 minutos (correspondendo à extensão de 30 minutos), no qual apenas 11% dos ageiros foram embarcados. O volume diário médio da travessia é de 4,6 mil veículos por dia (somando carros, caminhões e motos).
Em termos de operação, a média diária de viagens entre São Sebastião e Ilhabela corrobora o avanço de qualidade do sistema. Em 2019, foram 164 travessias e em 2023 o número alcançou 194 viagens. A tendência, dado o avanço do processo de modernização, é a de que em 2024 o número continue subindo, com a média dos últimos seis meses ficando em 191 viagens.
Em 2023, a Semil iniciou um programa de investimentos em todas as travessias, no valor de R$ 243 milhões. Para a modernização da frota, a Semil está investindo R$ 31,7 milhões. Já para ações na infraestrutura, como dragagem e reformas, são outros R$ 48,8 milhões. Os dados são especialmente importantes por várias razões. A primeira está relacionada à modernização de equipamentos e na reforma de balsas e instalações, cuja implementação eventualmente altera o quantitativo e a capacidade da frota. A mudança nas regras de transporte, especialmente para cargas, também gerou impactos em um serviço contínuo, 24h por dia, sete dias por semana.
“Fizemos ajustes operacionais para reduzir ao máximo o efeito das intervenções e o resultado mostra que foram eficazes”, afirma a diretora do DH, Jamille Consulin.
A questão climática foi especialmente crítica em 2023, quando o litoral norte registrou uma das piores tempestades já vistas. A chuva recorde registrada em São Sebastião foi o reflexo de mudanças trazidas pelo aquecimento global que alteraram as condições médias de navegabilidade. “Essa é uma travessia de mar aberto para a qual cada embarcação tem um limite operacional, estabelecido pela Autoridade Marítima, relacionado à força das marés e dos ventos”, explica a diretora do DH.
Atualmente, ainda segundo Jamille, a Semil está investindo na travessia São Sebastião – Ilhabela cerca de R$13,8 milhões na reforma dos flutuantes metálicos, de dolfins de costagem e manobra (que são estruturas de atracação e amarração das embarcações), das arelas de pedestres e pontes mistas de embarque e desembarque na travessia São Sebastião-Ilhabela. A previsão é a de que os trabalhos estejam concluídos em até seis meses.
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