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Estilo musical derivado do rock’n roll, o heavy metal faz parte da cultura da Finlândia, onde é prestigiado pela população e marca presença nas grandes mídias, sendo alvo de iniciativas públicas e privadas. Exemplo disso, o governo do país promove uma série de ações para fomentar a cultura local com o financiamento de projetos por meio do Ministério da Educação e Cultura.
Em pauta neste momento, o concurso “Come to Latin America” é mais uma iniciativa do governo finlandês destinado a bandas emergentes de metal, com o objetivo de difundir a música, promover a cultura nacional e colaborar com a quebra de preconceitos que ainda existem em torno do heavy metal. O projeto tem formato híbrido e pretende alcançar cerca de 10 milhões de pessoas entre jurados, público participante e atrações.
O júri é formado por mais de 100 músicos latino-americanos, jornalistas, organizadores de festivais e profissionais ligados ao entretenimento. Os jurados já selecionaram as três bandas finalistas e agora será a vez do público latino-americano escolher o vencedor. Para votar nos finalistas, que são as bandas Luna Kills, Noira e Where’s My Bible, uma plataforma interativa foi criada e já está no ar desde o dia 28 de Junho.
O prêmio será um acordo de distribuição com a Nuclear Blast - por meio da subsidiária Blood Blast -, uma das maiores gravadoras de nicho do mundo.
Finlândia e América Latina conectados pelo Metal
O rock e o heavy metal se tornaram um produto de exportação finlandês. Desde a virada do milênio, diversas bandas do país vêm se posicionando no circuito internacional, no qual Brasil, Chile, Argentina, México e Uruguai tem uma grande fatia. Segundo o relatório global de música da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica, em português), a América Latina é o mercado mais importante para música, incluindo o metal finlandês, com 85% dos s nas plataformas de streaming e um crescimento de 31% em 2021.
Para o ministro da Ciência e Cultura da Finlândia, Petri Honkonen, “o mercado de música tem atraído novas bandas, com uma base de fãs leais na América Latina [...]. O intercâmbio cultural é especialmente importante agora, dada a instabilidade que vivemos na Europa”. A empresária Niina Fu conta que a inspiração para o projeto surgiu após residir no Chile e no Brasil, onde percebeu as similaridades entre os países latino-americanos e a Finlândia.
“O mundo é medido por conquistas e indicadores financeiros. Ao estudar istração de empresas, entendi que precisamos ampliar o espaço da cultura. O heavy metal é o presente da Finlândia para o grande e diversificado acervo cultural do Brasil, com o objetivo de aumentar a participação no cotidiano das pessoas no país”.
Está nos planos da banda vencedora uma turnê na América Latina, acrescenta Fu. “Estamos solicitando mais financiamento para este projeto. Continuaremos a cooperar com o Brasil - um dos maiores exportadores de boa música do mundo”.
O heavy metal e a Finlândia
De acordo com o banco de dados on-line Metal Archives, a Finlândia tem mais de duas mil bandas do estilo. Segundo a plataforma, há uma década, a Finlândia tinha o maior número de bandas de heavy metal per capita do mundo, com 54 a cada 100 mil habitantes. Os países vizinhos, Suécia e Noruega, vinham logo atrás, com 27. Hoje, esse número ultraa os 60, mantendo o primeiro lugar geral.
O cenário sólido se explica pelo empenho do governo finlandês em apoiar a cultura local e o heavy metal. A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, aparece em diversas cerimônias oficiais usando sua jaqueta de couro e já declarou abertamente seu amor pelo heavy metal.
O gênero musical permeia a sociedade finlandesa, o que inclui o mundo empresarial. A multinacional finlandesa Nokia vem demonstrando entusiasmo e apoio ao projeto “Come to Latin America”, e tem em seu quadro de colaboradores pessoas que apreciam o estilo, como o CEO da Nokia Brasil, Ailton Santos Filho, músico, matemático por formação e apontado como padrinho do “Come to Latin America”.
“Uma das coisas que diferencia a arte da tecnologia é que esta última sempre busca o perfeccionismo, enquanto a música é uma forma de expressão humana, onde podemos ousar ser nós mesmos, com nossas virtudes e erros. Por isso, decidi apoiar jovens músicos em seu processo de desenvolvimento”, explica o gestor.
Santos Filho conta como o estilo reflete em outros pontos da vida e do âmbito profissional: “Liderar uma banda e tocar em um palco colaborou muito com minha carreira no mundo corporativo. Estar conectado por um propósito comum permite que tudo seja aplicado à liderança de uma empresa, organização ou qualquer tipo de trabalho”.
Outro nome ligado ao estilo e que atua na área da saúde é Ville Vänni, que por anos integrou a banda Insomnium. O ex-guitarrista, hoje médico-cirurgião, comenta: “O metal está em todos os níveis da sociedade: não é para a elite, nem para a classe média, nem para quem tem menos recursos. É algo enraizado e que faz parte da nossa cultura”.
O brasileiro Daniel Medeiros, community manager da Supercell - empresa finlandesa de desenvolvimento de videogames -, conta que, quando jovem, sua banda favorita era HIM: “Fiquei sabendo que o HIM era da Finlândia. Mais tarde, quando quis buscar um emprego na indústria de games, o país me veio à mente. Se eu não estivesse inicialmente interessado na Finlândia por causa do HIM, nunca teria vindo trabalhar aqui”, diz.
Para mais informações, basta ar: www.cometolatinamerica.fi